08/12/2010

The Walking Dead: TS-19

Abriu com um flashback inesperado, Shane no hospital, o exército invadindo, tiros, confusão, gás lacrimogêneo, etc etc... Depois, do meio pro fim, o playback de uma tomografia computadoriza 3D, exibindo o processo de atuação da infecção no cérebro humano (detalhe para minutos de sabedoria neurocientíficos: somos apenas um conjunto de impulsos elétricos, sinápses, etc etc.. ) No mais, vinho e duas personagens mortas.

Assim eu resumiria o sexto e último episódio da primeira temporada de The Walking Dead, TS-19, que a Fox exibiu ontem. Confesso que esperava mais (ou não).

É engraçado, a história é aparentemente boa, consegue criar uma atmosfera, fotografia agradável, bons efeitos, consegue prender a atenção lançando pequenos conflitos menores diante da meta maior das personagens: sobreviver num mundo pós-apocalipse, desolado, hostil; mas só prender a atenção no momento que se assiste, não adianta lá muita coisa (para um seriado com pretensões épicas, pelo menos); basta resolver o entrave, seja buscar armas, matar uns zumbis aqui, acolá, ir de x à y e a coisa murcha, se esvai como se nunca tivesse existido; quando o problema se resolve, o espectador (no caso eu) desliga a televisão e pronto, é como se tivesse visto um comercial de celular ou coisa do tipo. Embora divertido, a emoção (seja tensão, ação, drama) é rasa, dez segundos depois mal se lembra do que aconteceu.

Não sei para quem é fã de zumbis e tem esses fetiches. Porém, mesmo eu que não sou lá um grande fã, senti falta de zumbis nos dois últimos episódios. Senti falta de algumas tomadas com respawn de mortos-vivos. 

Dale

Mas, apesar dos pesares, posso dizer que valeu a pena até agora.

E o jeito é nutrir esperanças de que na próxima temporada (outubro de 2011), as personagens fiquem um pouquinho mais simpáticas. Porque  o esteio da casa, a salvação da lavoura em The Walking Dead, são Shane (a ponta mais fraca do triângulo amoroso) e o velho Dale (à esquerda), personagem secundário pouco explorado que, dia desses, citou Faulkner ao redor da fogueira. 




Eu não li a HQ, então não sei pra onde a trama vai daqui pra frente. O mais provável (suponho), é que o grupo se depare com outro núcleo de sobreviventes, entre em conflito com esse núcleo. Provável, também, (ou mais que evidente) que o triângulo amoroso Rick-Lori-Shane fique mais tenso (como acorreu na cena em que Shane bêbado andou perdendo as estribeiras, agarrando Lori). No terceiro episódio (ou seria o quarto?), numa patrulha, Shane andou apontando a arma para Rick (pelas costas). Se isso não for uma cena gratuita (acho que não é), a situação vai ficar cada vez mais insuportável. Mesmo porque, antes de Rick chegar, Shane era o líder do grupo, quem dava todas as ordens, o mais respeitado, além de suprir a carência de Lori. O retorno de Rick tirou Shane pra escanteio em todos sentidos, e ninguém gosta de ser jogado pra escanteio desde os tempos que Caim matou Abel. 

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Um comentário:

  1. Os personagens estão muito parados mesmo. Mas a série é legal

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oi.