E fico pensando na beleza dessa palavra: reconhecer. Não só no sentido de conhecer de novo, ou voltar a conhecer. Li, ouvi, não lembro onde, que todo processo de conhecimento é um processo de reconhecimento; e isso faz tanto sentido, não? aquilo que nos escapa totalmente ao entendimento, foge totalmente ao perceber.
O totalmente estranho nos cega.
Há sempre uma face já conhecida em qualquer novidade, talvez, nós mesmos, essa outra ponta do processo projetando o foco do olhar na paisagem, oferecendo a mão ao toque, o ouvido a voz, o braço ao abraço.
O totalmente estranho nos cega.
Há sempre uma face já conhecida em qualquer novidade, talvez, nós mesmos, essa outra ponta do processo projetando o foco do olhar na paisagem, oferecendo a mão ao toque, o ouvido a voz, o braço ao abraço.
Reconhecer é também explorar.
Quando liga a noite, assim sem avisar, e já reconheço a musiquinha do aparelho vibrando ali do lado, e mesmo sabendo que é ela que vai dizer alô, quando ela diz de verdade alô; reconhecer é admitir como bom; certificar como verdadeiro, legítimo; reconhecer é encontro.
E não é por pouca coisa que reconhecer também é agradecer.
Reconhecer, afinal, é confessar.
Reconhecer, afinal, é confessar.
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oi.