O mané aqui, esse que escreve neste blog, poderia dizer que não gostou do “O paraíso é bem bacana”, André Sant'Anna ( Companhia das Letras, 2006)
Mas não.
Eu não sou índio, não. Não sou bebo. Eu prometo.
Mas não.
Eu não sou índio, não. Não sou bebo. Eu prometo.
Mas não.

Mas não.
O mané aqui gostou demais do livro. Gostou dos personagens. Se divertiu com Uéverson. Sentiu raiva do Levi filha-da-puta. Ficou com pena do Mané, Muhammad Mané, vibrou com os gols, sofreu com o Mané. O mané aqui, admirou a genelialidade de André Sant'Anna ao recriar um espaço uterino: com uma televisão preto branco, a chuva no telhado do barraco, cheiro de cigarro.
O mané aqui gostou demais da história. Porque, apesar dos "problemas", como todo livro tem problemas, “O paraíso é bem bacana” é um livro muito bem narrado e muito bem amarrado. E, ao contrário do que acontece em muitos textos por aí, a abordagem escatológica, em “O paraíso é bem bacana” não é nem um pouco gratuita. Consegue se firmar sem cair no choramingo e numa suposta e ingênua transgressão. Além de tudo, talvez um dos elementos mais fascinantes do livro, a forma como André Sant'Anna conduz o leitor na construção de uma linguagem a partir da opressão, é sensacional.
O mané, leitor, poderia ler só esse livro do André Sant'anna, porque é um livraço.
Mas não.
O mané vai ler "Sexo e Amizade" (Companhia das Letras, 2007)
Oi. Tem presentinho pra vc lá no Blog.
ResponderExcluirTeu Blog é Digno de Ser Lido
http://michele-dos-santos.blogspot.com/2010/11/re-muito-obrigada.html